Caracóis integrais com sementes
Fazer pão é, definitivamente, uma das atividades que mais prazer me dão nestes últimos tempos; Irão perceber porquê dentro de alguns meses mas, de momento, não posso desvelar a surpresa 😉
Amassar farinha com água, sal e fermento é algo tão simples mas, a transformação destes ingredientes básicos, chega a ser tão gratificante que compensa as horas que, às vezes, temos de esperar entre cada uma das diversas fases da preparação.
Amassar pão na batedeira com o gancho ou no robot de cozinha poupa tempo e reduz a sujidade, evitando mesmo que todo o chão fique cheio de farinha (e algum salpico de massa aqui e ali inclusive, por vezes, na cara!) mas, quando o amassamos à mão e colocamos na massa todo o nosso entusiasmo garanto-vos: o pão sabe melhor!
Mas esta até nem é dessas receitas morosas, que temos que começar a fazer de véspera; conseguimos, com esta receita, ter pão em pouco mais de duas horas.
INGREDIENTES
7 gramas de fermento seco de padeiro (ou 20 gramas de fermento fresco)
350 gramas de farinha de trigo integral
150 gramas de farinha tipo 65
320 ml de água morna
1 colher de sopa de açúcar
10 gramas de sal
Sementes de quinoa e de abóbora q.b
Leite q.b para pincelar
PREPARAÇÃO
Coloque as farinhas num recipiente. Forme uma cavidade no centro e adicione o fermento, o açúcar e a água. Misture com uma colher de pau apenas para envolver todos os ingredientes.
Adicione o sal e misture.
Passe a massa para uma mesa limpa e trabalhe-a com as mãos durante cerca de 10 minutos, até esta se decolar da bancada.
Forme uma bola com a massa e coloque-a num recipiente previamente untado com um pouco de óleo. Tape bem com película aderente ou cubra com um pano e deixe levedar até dobrar de volume, num local cálido, afastado de correntes de ar.
Quando a massa tiver o dobro do volume, passe-a novamente para a mesa de trabalho e divida-a em porções com cerca de 80 gramas. Com as mãos em forma de concha, empurre cada porção de massa pela mesa até obter uma bola. Repita o processo com as restantes porções.
Polvilhe um pano limpo (de preferência de linho ou algodão, lavado sem detergente e suavizantes) com farinha e deposite nele as bolas de massa, bem espaçadas umas das outras (cerca de 6 cm); Tape com outro pano e deixe repousar durante mais 30 a 45 minutos.
Espalme cada bola com a ajuda de um rolo de cozinha, até obter um círculo com aproximadamente 10 cm de diâmetro; dobre um terço do círculo para o centro, faça alguma pressão com os dedos e dobre o outro extremo também para o centro, repetindo o processo; dê a volta à massa, ficando a “costura” voltada para baixo; com as duas mãos esticadas, faça movimentos de vai-vem, até obter um cilindro; Faça alguma pressão com os extremos da palma da mão, de modo a que os extremos do cilindro fiquem bicudos. Forme um caracol, enrolando a massa sobre si mesma. Repita o processo para os demais pães.
Pincele os pães com um pouco de leite, passe-os nas sementes e coloque-os num tabuleiro forrado com papel vegetal; deixe repousar durante mais 30 minutos.
Ligue o forno nos 220º e cozinhe durante 10 minutos; reduza a temperatura para os 180º e deixe cozinhar por mais 10 minutos.
Retire os pães do forno e deixe arrefecer em cima de uma grelha, ou barre-os com manteiga e desfrute deles assim, ainda mornos 🙂
DICAS
- Se estiver muito calor, reduza a quantidade de fermento até 2/3 da quantidade referida; se, pelo contrário, estiver frio, aumente a quantidade do mesmo, até 1/3;
- Deixe a massa levedar em local cálido, coberta com um pano e afastada de correntes de ar;
- No verão utilize água fria; No inverno, devido ao frio, utilize água morna (não demasiado quente), para acelerar o processo de fermentação;
- Respeite os tempos de fermentação;
- Se, por uma questão e organização, pretender atrasar o processo de fermentação, depois de formadas as bolas de massa, coloque-as no frigorífico, sempre tapadas com película aderente ou com um pano de linho ou algodão;
- Utilize as sementes que mais lhes agradarem: linhaça, girassol e papoila são excelentes para este tipo de pães;
- Utilize farinhas de qualidade, faz toda a diferença na textura da massa e, por conseguinte, no resultado final.
SalvarSalvarSalvarSalvarSalvarSalvar
Discover more from Faz e Come
Subscribe to get the latest posts sent to your email.
Olá Rui,assim que vi estes teus pãezinhos no facebook, fiquei logo maravilhada. Como sabes eu adoro pão, é realmente a minha maior perdição… e gosto tanto de fazer como de comer lol! e sou um pouquinho como tu, sim na máquina é mais prático e limpinho e tal, mas não tem o mesmo sabor, nem nada que se pareça.As fotos estão maravilhosas, como sempre, e fazem-nos ficar com vontade imediata de provar um (ou dois)… a última então Rui, da manteiguinha a derreter é tentadora demais!Beijocas grandesMarta
Olá Marta, muito obrigado pelo teu comentário e por estares sempre por aí :)Esta minha paixão mais recente, o pão, tem um motivo e irá dar frutos muito em breve, mas contarei tudo a seu tempo… Até lá, deixo-te uma fatia do pão 100% de centeio e sementes de girassol que fiz hoje e um beijinho :*